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Conheça a origem dos aeroportos internacionais de Belém e Macapá

Concedidos à inciativa privada em 2022 e atualmente em fase de transição da gestão do Poder Público para a NOA – Norte da Amazônia Airports, o Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro e o Aeroporto Internacional de Macapá – Alberto Alcolumbre têm outros pontos em comum em suas histórias. Você sabia que ambos foram bases militares durante a Segunda Guerra Mundial?

 

Aeroporto Internacional de Belém

 

Suas operações tiveram início em 1934, quando o tenente Armando Serra de Menezes, designado pelo general Eurico Gaspar Dutra, encontrou o local ideal na fazenda Val-de-Cans para a construção do Aeroporto de Belém.

 

Inicialmente, o aeródromo consistia em uma modesta pista de terra com 1.200 metros de comprimento, um pátio de estacionamento de aeronaves e um hangar de concreto que servia à aviação militar e ficou popularmente conhecido como
Contudo, o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, conferiu um novo papel estratégico à base aérea de Val-de-Cans, que se tornou uma rota vital para o transporte de novos aviões militares que saíam das fábricas do Canadá e dos Estados Unidos.

 

Para atender às necessidades da aviação militar, foram construídas duas pistas com 1.500 metros de comprimento e 45 metros de largura com base de concreto e asfalto. Foi de lá que os aviões B-17, B-19, B-24 e B-25 levantaram voo, com escala em Natal (RN), antes de bombardearem a cidade senegalesa de Dakar, prenunciando o histórico Dia D, na Normandia, fato importante para o fim da Segunda Guerra Mundial.

 

Porém, foi apenas em 1958 que o Ministério da Aeronáutica deu início à construção da primeira estação de passageiros para uso geral das companhias de aviação, e em janeiro de 1959 foi inaugurado o Aeroporto Internacional de Belém.
Hoje o local é o mais movimentado da Região Norte e o 14º no ranking nacional de movimentação, com mais de 286 mil passageiros embarcados entre janeiro e fevereiro de 2023.

 

Aeroporto Internacional de Macapá

 

Sua história também começou a ser escrita na década de 1930, durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos buscaram uma parceria com o Brasil para construir bases aéreas militares. Alguns anos mais tarde, em 1943, durante a época do antigo Território Federal do Amapá, o governador Pauxi Nunes convidou o coronel Belarmino Bravo, da Força Aérea Boliviana, para fundar o Aeroclube de Macapá. O objetivo principal era promover atividades sociais e recreativas.

 

A sistematização de frequência de voos foi consolidada apenas em 1953, com a instalação do Serviço de Aeronáutica (Saer), que era composto por um hangar e um avião Bonanza Beechcraft A36. A aeronave foi adquirida para agilizar a cobertura dos serviços administrativos do governo e, ao mesmo tempo, auxiliar no transporte de medicamentos para o interior e de pessoas doentes para Belém (PA).

 

Hoje, o Aeroporto Internacional de Macapá é 5º da Região Norte. Além de sua relevância no cenário regional, é também um dos raros aeroportos que permitem acesso ao duty free sem a necessidade de ser passageiro. Isso se deve à Área de Livre Comércio de Macapá e Santana – ALCMS, que conferiu privilégios alfandegários aos dois municípios.“Hangar Amarelo” por causa da sua pintura.